Movimentos protestam em Brasília pela redução do preço do combustível e do gás de cozinha

A CUT Brasília e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo engrossaram o combate ao retrocesso no Dia Nacional de Luta, nesta quarta-feira (30). A ação foi uma reação do povo brasileiro em defesa da Petrobras, pela mudança da política de preços de derivados de petróleo praticada pela estatal e pela demissão imediata de seu presidente, Pedro Parente.

Na capital federal, o protesto começou por volta das 16h, no gramado em frente à Rodoviária do Plano Piloto. Em seguida, os manifestantes seguiram para a plataforma inferior do terminal onde a batucada Lula Livre deu o seu recado. Enquanto isso, os demais participantes do ato entregaram panfletos e dialogaram com a população.

Em dois anos do desastroso governo Temer, o gás de cozinha teve a maior alta dos últimos 15 anos. Os aumentos consecutivos levaram 1,2 milhão de brasileiros a voltar a cozinhar com lenha e carvão em 2017, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o preço da gasolina subiu 13 vezes somente em maio deste ano.

De acordo com o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, o que Temer e seus comparsas querem é desmontar a Petrobras para justificar sua privatização.  “A Petrobras é uma das maiores empresas do Brasil, responsável por fazer com que a economia gire. Estamos aqui fazendo a sua defesa como empresa pública. Uma Petrobras pública é capaz de manter os preços baixos e acessíveis para todos, por isso estamos juntos na luta em apoio aos companheiros petroleiros”, disse o dirigente.

Já o secretário de Administração e Finanças da Central, Julimar Roberto, ressaltou os prejuízos causados pelo governo ilegítimo. “Este é apenas o reflexo do golpe de Estado instaurado no Brasil. Mais que nunca, precisamos lutar por Lula livre. Estamos aqui em apoio aos companheiros petroleiros que hoje iniciam uma paralisação de 72h contra os retrocessos, em defesa dos direitos e contra os altos preços do combustível”, ressaltou.

Uma pesquisa do Datafolha mostrou que mais da metade dos brasileiros, 55% dos entrevistados, é contra a privatização da Petrobras. Além disso, 74% das pessoas ouvidas pelo instituto afirmaram que se opõem à venda da estatal a empresas estrangeira.

A diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa endossou o coro pela saída do presidente da Petrobras, Pedro Parente. Ela criticou a política de preço da gestão neoliberal do presidente da empresa, baseada nos mercados internacionais. “Não é possível solucionar essa crise, sem que haja a imediata demissão de Parente e sua diretoria, e sem uma mudança geral na política de preços para os derivados de petróleo”, disse a educadora.

Após o ato na Rodoviária, os manifestantes desceram e se juntaram à Vigília Lula Livre que acontece todo final de tarde nas quartas-feiras, em frente ao Supremo Tribunal Federal.

Fonte: CUT Brasília

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